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Concurso Hotel Paineiras

Projeto: 2010.

Equipe: Anita Freire, Anderson Freitas, Carlos Ferrata, Cesar Shundi Iwamizu, Júlio Cecchini, Pedro Barros e Pedro Ivo Freire.

 

Realizado em 2008, este projeto foi elaborado para o Concurso Nacional para o Complexo Paineras e foi classificado em 2º lugar.

 

A privilegiada situação existente, natural e construída, fez com que propuséssemos um projeto capaz de assimilar o novo programa proposto sem causar grande impacto na paisagem. A partir da clara distinção entre o antigo e o novo, buscou-se dar nova imagem ao local por meio de uma proposta organizada em três atos:

 

1 - Estação de transferência: um prisma retangular encravado no terreno conforma um novo embasamento, permitindo que a própria inclinação da Estrada das Paineiras possibilite o acesso a cada um dos pavimentos de garagem, de modo a minimizar a utilização de rampas para automóveis. Sua cobertura torna o nível do pavimento térreo do hotel referência, criando um espaço aberto, mas protegido, capaz de abrigar o comércio, os sanitários públicos, a bilheteria e o acesso à estação de trem.

2 - Centro de Convenções: posicionado ao lado do edifício do Hotel, o volume suspenso destinado ao Centro de Convenções segue a lógica de implantação linear dos edifícios pré-existentes, localizados ao longo da mesma curva de nível.

 

Além de abrigar o auditório, salas de reunião, foyer e demais espaços de apoio, sua estrutura permite a criação de uma cobertura sobre um trecho significativo da esplanada, sem causar qualquer interferência estrutural nos níveis de estacionamentos.

 

Tirando partido da inclinação da plateia do auditório, a projeção do volume suspenso se estende sobre a linha do trem, definindo o espaço da praça coberta e das plataformas da estação sob um único teto.

 

Passarelas em diferentes cotas criam a desejável conexão com o Edifício do Hotel, tanto para o acesso direto dos hóspedes ao foyer, como também para a interligação do Centro de Convenções com os espaços da lanchonete e do restaurante.

 

3 - O Restaurante, o Hotel e o Museu: a intervenção realizada no edifício do antigo hotel pretende valorizar sua volumetria externa original a partir da demolição do acréscimo realizado no último pavimento e de transformações significativas em seus espaços internos.

 

Distribuídos nos andares intermediários, os 40 dormitórios foram redesenhados de modo a ampliar o aproveitamento das janelas e a relação dos dormitórios com o exterior, ação possibilitada pelo novo arranjo dos sanitários, módulos inseridos na estrutura pré-existente ao longo da circulação horizontal central. Essa nova disposição dos dormitórios permite criar um vazio contínuo do pavimento térreo à cobertura, espaço que organiza a circulação vertical do edifício e que permite ampla iluminação natural a todos os pisos.

 

O pavimento térreo, livre de paredes internas e perimetrais, foi ocupado apenas por um volume de vidro – responsável por abrigar administração, recepção e espaços de estar do hotel – que possibilita a livre circulação de pedestres em direção à Sede da Fundação Chico Mendes, à piscina e à escadaria de acesso ao Museu. Este último, aproveitando a privilegiada localização geográfica do subsolo, transforma uma área abandonada da antiga construção em um programa público de grande importância simbólica. Semienterrado, o espaço expositivo possibilita diferentes formas de ocupação e é iluminado por claraboias localizadas nas extremidades e por uma grande janela central que, desenhada em continuidade à esplanada do pavimento térreo, permite o enquadramento de vistas da mata e da cidade.

 

 

Modelo eletrônico, fachada fronal

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